sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fraldas descartáveis podem causar infertilidade?

Ainda sobre as desvantagens do uso de fraldas descartáveis, encontrei uma notícia que apesar de já não ser recente (Fonte: BBC online de 26/09/2002) acho importante divulgar:

Um estudo feito na Alemanha aponta que o uso das fraldas descartáveis pode ter um efeito negativo no desenvolvimento do sistema reprodutor dos meninos e causar problemas graves a longo prazo.

Este estudo promovido por uma equipa de cientistas alemães da Universidade de Kiel constatou que o plástico usado nas fraldas aumenta a temperatura da região escrotal dos meninos em cerca de 1º de temperatura. Elevadas temperaturas neste local é crítica para o desenvolvimento testicular normal, provocando uma redução na produção de esperma em adultos. Neste estudo, os pesquisadores alemães afirmam que um aumento prolongado da temperatura escrotal no início da infância pode, portanto, ter papel importante para a saúde e função testiculares, com implicações para a fertilidade masculina.

O uso deste tipo de fraldas, muito em moda e que destronaram as fraldas de pano, pode explicar o aumento da infertilidade masculina nos últimos 25 anos, associada a uma acção negativa no desenvolvimento do sistema reprodutor masculino.

Apesar de ser só mais um estudo penso que dá que pensar!...

Retirado de http://biponline.prodeb.gov.br/biponline29/grh.htm

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fraldas reutilizáveis: a alternativa

Fraldas reutilizáveis - amigas do ambiente, baratas e saudáveis
 
As fraldas reutilizáveis são produzidas em algodão, microfibras vegetais, lã ou malha polar. A sua durabilidade é imprevisível, podendo ser usadas por um bebé durante dois anos e voltarem a ser usadas por outro bebé por mais dois anos. Logo, a utilização de fraldas reutilizáveis previne a produção de grande parte do total de têxteis sanitários dos resíduos sólidos urbanos produzidos.
 
A par das vantagens ambientais, as fraldas reutilizáveis apresentam vantagens para a saúde dos bebés porque diminuem a frequência de alergias e dermatites (“rabinhos assados”). São anti-bacterianas e hipoalergénicas. Em 1955 a alergia da fralda atingia apenas 7% de bebés e crianças, valor que passou para 78% (em 1991) após a adopção em larga escala das fraldas descartáveis.
 
Tomando em consideração o investimento inicial, embora pareça que são mais caras, feitas as contas e, independentemente do material, as fraldas de pano são mais económicas do que as fraldas descartáveis.

No que respeita a números as contas são muito fáceis de efetuar: quando um bebé nasce consome em média oito fraldas por dia, o que totaliza 240 fraldas num mês. Ao final de seis meses são 1440 fraldas.

Seguidamente apresento a conclusão do Estudo de Caso realizado em 2010 pela Quercus, (organização ambiental) com o intuito de conhecer e analisar os impactos ambientais associados ao uso de fraldas descartáveis versus fraldas reutilizáveis.  A experiência decorreu durante 3 meses e meio, entre Fevereiro e Maio de 2010, e foram utilizadas 4 marcas de fraldas descartáveis e reutilizáveis disponíveis no mercado nacional.

Análise Financeira:
(...)
Foi analisado o custo por dia com as marcas mais caras e mais baratas das fraldas descartáveis e reutilizáveis, assim como o custo ao fim do período total de utilização – 2 anos e meio.



Tipo de fralda
Custo ao diaCusto ao final de 2,5 anos
Descartáveis mais baratas0,88€ 1.215,45€
Descartáveis mais caras1,84€ 1.657,99€
Reutilizáveis mais baratas0,32€295,96€
Reutilizáveis mais caras0,60€549,60€


Avaliado o investimento e a poupança:
Poupança na opção por fraldas reutilizáveis: entre 789,60 e 1.449,34€€ ao fim de 2,5 anos.
  • Marca mais barata: 789,60€/2,5 anos 
  • Marca mais cara: 1.449,34€/2,5 anos

Considerando algumas fraldas extra que possam ser adquiridas, assim como outros produtos (linguetas de papel) assumiu-se uma despesa suplementar de 250€, resultando uma poupança média de aproximadamente 500€.
Poderá existir ainda outro tipo de poupança caso se opte pela utilização de outros materiais reutilizáveis, como por exemplo as toalhitas reutilizáveis, onde a mesma poderá atingir valores na ordem dos 117€/ano.

Se esta família tiver mais do que um filho a poupança será ainda maior pois reutiliza as fraldas de pano de filho para filho!

Conclusões do estudo:
Apesar do carácter experimental e simples do presente estudo, foi possível verificar que a opção por fraldas reutilizáveis permite:
· Redução da produção de 1 tonelada de resíduos de fraldas/bebé;

· Optimizações das lavagens – podem ser lavadas na máquina juntamente com a restante roupa a temperaturas baixas (40º/60º);

· Secagem fácil ao ar sem o recurso a secagem mecânica;

· Suportam cerca de 800 lavagens;

· Podem ser reutilizadas até 3 bebés;

· Poupança mínima de cerca entre 500 a 800€/bebé;

Fraldas reutilizáveis (imagem retirada da internet).

O mito das fraldas do tempo dos nossos avós é hoje ultrapassado pela existência de modelos mais apelativos, eficazes e fáceis de usar, sem a necessidade de alfinetes, com velcro ou molas e  ajustáveis às diferentes etapas de desenvolvimento do bebé. A sua utilização afirma-se no mercado como a alternativa sustentável para pais mais conscientes.


Fonte: www.quercus.pt

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Fraldas descartáveis

Existe alternativa ao uso de fraldas descartáveis? Claro que a maioria de nós responde que não. Tira-se a fralda cheia de xixi e cocó e coloca-se no caixote do lixo. Tá feito! Super prático.
 
Mas de que são feitas as fraldas descartáveis?
As fraldas descartáveis são compostas por uma camada exterior de polietileno à prova de água, uma camada interna de pasta de papel, um poliacrilato sintético (um cristal super-absorvente) e uma zona repelente de água. A maioria tem ainda fragrâncias e perfumes.
O material utilizado para fazer o polietileno é o petróleo, sendo necessário um copo de crude para fazer o plástico de uma fralda descartável.
Durante um ano, um bebé que use apenas fraldas descartáveis, consome cerca de 130 Kg de plástico (incluindo o pacote das fraldas).
A camada interna da fralda é constituída por pasta de papel e poliacrilato de sódio. São necessários 200-400 kg de pasta de papel para sustentar um bebé, em termos de fraldas, durante 1 ano.

Para tornar as fraldas brancas, uma vez que, a pasta de papel não é branca, é realizado um processo de branqueamento. Neste processo são utilizados químicos à base de cloro e lixívia, do qual resultam sub-produtos químicos tóxicos como as dioxinas.

Porque são as fraldas tão pouco volumosas e com uma elevada capacidade de absorção?
Deve-se ao poliacrilato sintético que reveste o interior da fralda. Conseguem reter até 800 vezes o seu volume de água, transformando-se numas bolinhas de gel, que nos habituamos a ver quando o revestimento da fralda rebenta. O revestimento utilizado para tornar as fraldas impermeáveis é um plástico produzido a partir do petróleo.



Sabia que...
"Uma criança usa mais de 6000 fraldas até aos 2 anos. Se forem fraldas descartáveis, isto corresponde a mais de 5 árvores abatidas, para uma utilização por um período inferior a 2 horas, que cria um resíduo com mais de 500 anos de persistência." Fonte: Naturlink

Foto retirada da internet.
 
De acordo com a CDC (Cotton Diaper Coalition), são necessárias "quantidades maciças de água" para transformar a polpa da madeira em papel para descartáveis (...)A produção de uma fralda descartável tem um preço ambiental muito elevado em termos de água e energia. O Landbank Consultancy, agenciado pela Women's Environmental Network in London, realizou uma revisão aos estudos de 1991 da Procter & Gamble que falsamente proclamavam que o impacto das fraldas descartáveis não era pior do que o das fraldas de pano. O Landbank Consultancy levou até em consideração que quando se utilizavam fraldas de pano, há mudanças de fralda mais frequentes – eles assinalavam um rácio de 1/1,72 para assinalar a diferença. A Procter and Gamble não processou este estudo.

As conclusões:
• as fraldas descaráveis usam 3,5 vezes mais energia, 8 vezes mais materiais não renováveis e 90 vezes mais materiais renováveis, do que as fraldas de pano;
as fraldas descartáveis produzem 2,3 vezes mais águas residuais e 60 vezes mais resíduos do que as fraldas de pano;
as fraldas descartáveis necessitam entre 4 a 30 vezes mais espaço para produção de materiais naturais, em comparação com as fraldas de pano.
 

Fonte: Diaperpin

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Fair Trade


Certamente já se depararam, ou pelo menos os mais atentos, com o logo Fair Trade em alguns produtos. A primeira vez que eu vi, foi num daqueles catálogos de gelados na rua, da Ben&Jerry's mas já são vários os produtos que exibem este selo, tais como café, chá, cacau, mel, algodão, etc, o que me despertou a curiosidade de saber exactamente o seu significado.

Ora então é assim:
O comércio justo (ou Fair Trade) é definido pela News! (a rede europeia de lojas de comércio justo) como "uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a equidade social, a proteção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de conscialização".

Ou seja, o selo Fair Trade significa que cumpre os requisitos de bem-estar dos trabalhadores no cultivo do produto e dos produtores, os primeiros são satisfatoriamente remunerados pelo processamento ou pela colheita dos produtos e têm condições de trabalho decentes e os segundos recebem um preço justo pela sua produção.

Portanto, não abranje apenas o comércio em si, mas também a proíbição do trabalho forçado e do trabalho infantil e o estabelecimento da igualdade de salários. Promove o respeito pelos direitos humanos e pelo ambiente, colocando as pessoas em primeiro lugar e depois o comerciante.

Fiz uma pequena pesquisa na internet e encontrei uma infinidade de produtos que possuem este selo. Pena mesmo, é serem escassos por cá...mas está-se no bom caminho!