quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A importância das certificações

Na sequência do post anterior, como distinguir os produtos cosméticos biológicos dos  produtos cosméticos tradicionais?

Não existe um dispositivo legal que regularize a produção de cosméticos biológicos, o que dificulta a definição dos parâmetros que estes produtos devem adoptar. Por isso, as certificações independentes são tão importantes, uma vez que, garantem ao consumidor a autenticidade do produto. É a única forma de garantir ingredientes de qualidade e a utilização de produtos livres de químicos e prejudiciais à saúde.

A certificação é um procedimento pelo qual se verifica se um determinado processo de produção de um produto segue as normas, em geral estabelecidas pela entidade certificadora ou pelo país importador. Se sim, os produtos recebem um selo/rótulo de certificação, que é exibido na embalagem, comprovando o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela entidade certificadora. Se o cosmético não exibir qualquer selo, não é verdadeiramente bio.

Existem distintas entidades certificadoras independentes e a maioria é a favor de princípios semelhantes e exigências rigorosas, nomeadamente:

·   a obrigatoriedade na utilização de ingredientes biológicos;
·   a proibição de testes em animais;
· a proibição de utilização de ingredientes poluentes, geneticamente modificados ou químicos potencialmente tóxicos.

As entidades mais conhecidas que certificam este tipo de produtos são a Ecocert, Soil Association, Cosmebio, USDA e BDIH.

Por isso já sabem, verificar sempre os rótulos com atenção para que como diz o velho ditado não comprar "gato por lebre".





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Natural versus Biológico

Continuando as minhas pesquisas sobre cosméticos à base de produtos naturais e biológicos encontrei diferenças significativas entre ambos a ter em conta.

O facto de um produto cosmético se apresentar como natural não significa que não haja adição de substâncias químicas usadas como solventes, conservantes ou antioxidantes no seu processo de fabrico. Ser natural apenas quer dizer que contém extractos naturais, de plantas por exemplo. Ou seja, são cosméticos com formulação química tradicional, que contêm alguns ingredientes activos de origem natural, mas também contêm conservantes e outros aditivos químicos na sua composição. Os ingredientes naturais, que se encontram numa percentagem muito baixa, não são suficientes para enquadrar legalmente estes cosméticos na categoria de cosméticos naturais, no entanto, constituem um forte apelo de marketing para o mercado consumidor.

Um produto cosmético biológico para além de utilizar apenas ingredientes naturais, não recorre a pesticidas, aditivos ou outras substâncias químicas em todo o seu ciclo de produção. Portanto deverá respeitar os seguintes requisitos:
  1. Apresentar uma concentração mínima de 95% de ingredientes de origem natural;
  2. 95% dos ingredientes devem ser de agricultura biológica;
  3. Não deve conter aditivos sintéticos tais como parabenos, silicones, perfumes, etc;
  4. Não deve utilizar pesticidas nem outras substâncias poluentes;
  5. Não deve ser testado em animais.
Os prós são:
  • Uma maior tolerância aos cosméticos biológicos, pois estes estão isentos de aditivos químicos, o que minimiza o risco de alergia e assegura uma maior tolerância cutânea, em particular nos casos de pele sensível e/ou reactiva.
  • Uma elevada eficácia, uma vez que, são concentrados em nutrientes essenciais assimilados naturalmente pela pele. 
Os contras são: 
  • Uma menor duração de tempo de validade,  depois de abertos porque não têm conservantes químicos. Num produto convencional é de cerca de 1 ano, nos biológicos é de cerca de 9 meses. É de realçar que este período de utilização é assinalado por uma imagem na embalagem de um frasco aberto com o número de meses em que o produto se manterá em boas condições de utilização.